CONECTE-SE CONOSCO

Brasil

Bolsonaro recebe comitiva da OEA e faz denúncia contra Alexandre de Moraes

Publicado

on

O ex-presidente Jair Bolsonaro revelou à coluna que se reuniu pessoalmente com integrantes da Organização dos Estados Americanos, na manhã dessa quinta-feira (13/2), para dar seu relato sobre Alexandre de Moraes. Liderada pelo advogado colombiano Pedro Vaca Villarreal, a comitiva da OEA procurou o ex-presidente, em Brasília, depois de ouvir tanto críticos do ministro do STF quanto o próprio magistrado.

Bolsonaro saiu confiante do encontro. “Conversamos por cerca de 50 minutos. Ele [Pedro Vaca Villarreal] se mostrou interessado no que eu falava e disse que vai fazer um relatório sincero sobre o que está acontecendo aqui no Brasil”, afirmou o ex-presidente. Na reunião, Bolsonaro também interagiu com outras pessoas da equipe da OEA.

Pedro Vaca Villarreal é relator especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). O colegiado faz parte da OEA, da qual o Brasil é membro junto com outros 33 países. A CIDH investiga denúncias feitas por Bolsonaro e parlamentares de oposição.

No relato a Pedro Vaca, Bolsonaro reforçou sua tese de que Alexandre de Moraes ajustaria depoimentos, faria pesca probatória e prenderia suspeitos sem que haja denúncia formalizada. O ex-presidente argumentou que haveria “perseguição política” a opositores do governo, concretizada por meio de inquéritos no STF.

Um outro termômetro do que está por vir pôde ser notado na entrevista concedida por Pedro Vaca Villarreal a Sam Pancher, no Metrópoles. Nela, o enviado da OEA disse ter ficado “impressionado” com o tom das acusações feitas por deputados, senadores e manifestantes críticos de Alexandre de Moraes.

“O tom dos relatórios é realmente impressionante. Temos que analisar isso com calma. Eles [STF] divulgaram um comunicado de imprensa sobre o encontro. Essa é a voz deles. Teremos a nossa mais tarde”, disse o representante da OEA.

Histórias de manifestantes presos no 8 de Janeiro chamaram a atenção de Pedro Vaca. Entre elas, a de Cleriston Pereira da Cunha, “patriota” que morreu no presídio da Papuda após passar mal. Meses antes do óbito, o gabinete de Moraes ignorou pedidos médicos e um parecer da Procuradoria-Geral da República que solicitavam a soltura de Cleriston Cunha. Quem narrou o episódio para representantes da OEA foi Luiza Cunha, filha do falecido.

O relatório da Organização dos Estados Americanos será robusto, detalhado. A dúvida é quanto à intensidade. Se o documento com repercussão internacional provocará leve dor de cabeça ou enxaqueca em Alexandre de Moraes.

Antes de ouvir Bolsonaro, Vaca colheu os relatos do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e do próprio ministro Alexandre.

Brasil

Maioria do STF se recusou a assinar carta em defesa de Moraes após sanções dos EUA

Publicado

on

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), buscou respaldo institucional de seus colegas depois de ser alvo de sanções impostas pelos Estados Unidos com base na Lei Global Magnitsky. No entanto, a maioria dos ministros rejeitou a proposta de uma manifestação conjunta em sua defesa.

Segundo informações apuradas pelo Poder360, Moraes pressionou os demais integrantes da Corte, na quarta-feira (30), poucas horas após ter seu nome incluído na lista norte-americana. A maioria, porém, entendeu que seria inadequado confrontar formalmente uma decisão soberana dos EUA, especialmente por envolver acusações de violações de direitos humanos e de uso político do Judiciário.

Diante disso, a solução encontrada foi a divulgação de uma nota oficial assinada apenas pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, em tom institucional e sem qualquer menção direta aos Estados Unidos.

Jantar frustrado no Alvorada

Na tentativa de demonstrar unidade, foi organizado um jantar no Palácio da Alvorada, na noite de quinta-feira (31), com o presidente Lula como anfitrião. A expectativa do governo era reunir os 11 ministros do Supremo em uma imagem simbólica semelhante à de janeiro de 2023, após os ataques às sedes dos Três Poderes.

Contudo, o encontro contou apenas com seis ministros: Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Edson Fachin. Estiveram ausentes André Mendonça, Cármen Lúcia, Dias Toffoli, Luiz Fux e Nunes Marques, o que evidenciou a divisão interna da Corte.

O Planalto, que pretendia registrar uma foto oficial com Lula e todos os ministros para reforçar a campanha de “defesa da soberania nacional”, teve de desistir do plano.

Fachin, próximo presidente do STF, compareceu a contragosto. Segundo relatos, ele avaliou que não ir poderia gerar ruídos institucionais, já que terá Moraes como vice na próxima gestão.

Crescente insatisfação interna

Nos bastidores do Supremo, cresce a percepção de que Moraes tem levado a Corte a um desgaste no cenário internacional. Parte dos ministros considera que a retórica adotada pelo magistrado — especialmente quando sugeriu, ainda que de forma indireta, que os Estados Unidos seriam “inimigos estrangeiros” ao impor tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro — foi exagerada e contraproducente para a diplomacia brasileira.

Essa avaliação reforça o isolamento de Moraes em meio à crise com os EUA e expõe uma fissura cada vez mais visível dentro do Supremo.

Continue lendo

Amazonas

Philco demite 800 funcionários em Manaus após queda nas vendas e causa alerta no setor eletroeletrônico

Publicado

on

Manaus (AM) – A fabricante Philco promoveu a demissão de aproximadamente 800 trabalhadores da sua unidade no Polo Industrial de Manaus. A medida, segundo a empresa, está ligada a um processo de reestruturação pontual, motivado por ajustes no planejamento de vendas para 2025, especialmente no segmento de produtos sazonais.

De acordo com comunicado oficial, o corte de pessoal está restrito exclusivamente à planta de Manaus, sem impacto em outras unidades do grupo. A Philco informou que os desligamentos seguem critérios técnicos relacionados à nova projeção de produção para o próximo ano.

Apesar do impacto, a empresa garantiu que todos os funcionários desligados terão seus direitos trabalhistas assegurados, conforme determina a legislação. Além disso, anunciou a concessão de benefícios adicionais, como a manutenção do plano de saúde até o fim de agosto ou até o encerramento do aviso prévio, o que ocorrer primeiro.

Como parte do suporte social, a Philco também irá distribuir cestas básicas: serão três unidades para trabalhadores com até dois anos de vínculo empregatício e quatro unidades para aqueles com mais de dois anos de casa.

O Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal-AM) se manifestou sobre o caso, classificando as demissões como um “duro golpe” ao Polo Industrial de Manaus e às centenas de famílias afetadas. Em nota, a entidade afirmou estar acompanhando de perto toda a situação, com atuação focada na defesa dos direitos dos trabalhadores.

Segundo o sindicato, a mobilização começou desde os primeiros sinais da reestruturação, com apoio jurídico disponibilizado para orientação individual dos demitidos, revisão das rescisões e esclarecimentos sobre o processo.

Ainda de acordo com a entidade, as negociações com a Philco resultaram em acordo coletivo firmado dentro dos parâmetros da Convenção Coletiva de Trabalho em vigor. O sindicato reafirmou que continuará atuando com transparência, responsabilidade e compromisso, assegurando que nenhum direito seja desrespeitado durante o processo.

Repercussão no Distrito Industrial

A demissão em massa acende novamente o alerta sobre a vulnerabilidade de empregos no Polo Industrial de Manaus, especialmente em setores que dependem fortemente da sazonalidade de vendas e da estabilidade fiscal. Em momentos de readequação, cortes bruscos de pessoal têm sido uma prática recorrente entre fabricantes de eletroeletrônicos e bens de consumo.

Continue lendo

Brasil

OTAN ameaça Brasil com sanções de 100%; Mark Rutte diz que quem continuar negociando com a Rússia será punido severamente

Publicado

on

Durante uma reunião com senadores norte-americanos nesta terça-feira (15), o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Mark Rutte, fez duras declarações contra países do Brics, incluindo o Brasil. Segundo ele, caso continuem mantendo relações comerciais com a Rússia, especialmente na compra de petróleo e gás, podem ser alvo de sanções econômicas severas.

“Se você é o presidente da China, o primeiro-ministro da Índia ou o presidente do Brasil e ainda negocia com os russos, saiba que, se Moscou não se comprometer com as negociações de paz, aplicarei sanções secundárias de 100%”, afirmou Rutte.

A fala foi uma referência direta ao posicionamento do presidente russo Vladimir Putin em relação ao conflito com a Ucrânia. O secretário-geral da Otan instou os líderes dos países citados a pressionarem o Kremlin por um compromisso com o processo de paz, alertando para consequências econômicas significativas caso isso não ocorra.

“Será muito prejudicial. Então, por favor, liguem para Putin e digam que ele precisa levar as negociações a sério”, completou Rutte.

As declarações ocorrem em um contexto de escalada nas tensões internacionais, poucos dias após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar um novo pacote de envio de armas à Ucrânia.

Continue lendo

Mais Lidas

Copyright © 2025 Rota Direita Amazonas. Todos os deireitos reservados. Criado por Jotaconecta.